A Festa dos Star - Meri e Jarno (ano 5)

A Festa dos Star- Parte 13
Um Olhar na Escuridão


A conversa entre Meridiana e Bianca foi difícil, mas necessária. Meri sentia que a amiga estava fazendo um papel ridículo, muito pouco condizente com aquela menina doce e simpática que Meri aprendera a gostar desde que entrou em Hogwarts. E, também havia algo naquela história toda que incomodava profundamente Meridiana, embora ela não conseguisse descobrir o que era.
Meri estava de cabeça quente depois daquilo tudo e sentiu que precisava espairecer, não estava em condições de voltar imediatamente para a festa.
Aproveitou, então, para explorar um pouco a fascinante mansão dos Star. Caminhar sempre a acalmava.
O Covil era um lugar que, na opinião de Meri, era ao mesmo tempo belo e tenebroso. Suas decorações sombrias eram realmente intrigantes.
Andando pelos corredores semi-iluminados da casa, Meridiana tentava imaginar como deveriam ter sido as antigas senhoras daquele palacete em tempos passados. Seus pensamentos foram interrompidos pelo vislumbre de uma cena suspeita.
No fim de um corredor, duas pessoas conversavam. Uma delas Meri reconheceu imediatamente, era o Conde Jarno Massimo di Camposanto, namorado de Madeleine Sinn, um jovem tão belo, elegante e sedutor quanto a namorada. A outra pessoa estava coberta da cabeça aos pés por um manto negro que lembrava os trajes de um comensal. Eram os trajes de um comensal.

Aqui está o frasco, disse o encapuzado.

Meri ficou paralisada ao ouvir a voz daquele estranho. Era ele! Ela tinha certeza! Como ela poderia esquecer a voz cavernosa que ecoara dentro de sua mente quando fora atacada em Hogsmeade? Aquele comensal era seu tio Ludovic!

O signore é certo de que non esiste perigo de eu ser descoberto? Se ele começar a passar mal no mezzo della fiesta vai causar um alarde desnecessário, disse o italiano.

Não se preocupe. Este veneno é especial. Eu mesmo preparei. Não tem odor nem gosto e só começa a agir depois de 24 horas de ingestão. Ele nunca saberá como ou quando foi envenenado..

Meridiana estava horrorizada. Eles planejavam matar alguém! Mas quem? Isso ela não sabia, a única certeza que tinha era a de que precisava sair dali e avisar o Sr. Star que havia comensais em sua festa.
Mal Meri intencionou partir, Ludovic olhou em sua direção. Os olhos de tio e sobrinha se cruzaram momentaneamente. Meridiana não conseguiu ver o rosto de seu tio, pois a penumbra cobria parcialmente seu rosto. A garota percebeu a urgência de sua retirada e começou a correr pelos corredores do Covil.
Faltava pouco para alcançar o corredor principal da mansão que levava ao Salão de Festas, quando Meri ouviu um sonoro crac. O namorado de Madeleine Sinn aparatara bem à sua frente.
Apontando a varinha para a menina, o rapaz foi se aproximando lentamente de Meri. Seu andar lembrava o de um felino, suave e gracioso, porém extremamente ameaçador.
Meridiana se sentiu completamente indefesa. Não trouxera sua varinha para a festa. Como ela poderia imaginar que estaria correndo perigo dentro da casa da amiga?

Então, ragazza, o que você ouviu?, falou o comensal. Sua voz era suave, aveludada e envolvente.

Meridiana sentiu um pouco desnorteada ao ouvi-lo. Os olhos castanhos do Conde a fitavam atentamente. Ela sentia que não podia desviar seus olhos dos do rapaz, nem que podia sair do lugar. Era como se estivesse hipnotizada pelo charme daquele exótico comensal que se postava diante dela.

Na-nada, gaguejou Meri.

O namorado de Sinn se aproximou ainda mais de Meridiana e sussurou-lhe ao ouvido, com uma voz ainda mais afável que a anterior.

Niente? Você acha que me engana, mia bella signorina? Eu sei quem tu sei. É a sobrinha do Sr. Black-Thorne, e de acordo com ele, una giovane strega talentosa e inteligente. Você não me engana.

Meridiana sentia que precisava resistir aos encantos daquele rapaz. A vida de alguém estava em perigo mortal!

Me deixe ir embora!, disse ela tentando passar pelo namorado de Sinn e abrir caminho até um lugar seguro.

Percebendo que a sua voz macia e envolvente e seu olhar irresistível não eram mais recursos viáveis para controlar a sobrinha de seu tutor, o jovem comensal decidiu que era hora de recorrer a um recurso mais vulgar de persuasão, um que ele detestava utilizar: a violência. Assim, Camposanto agarrou brutalmente o braço de Meri e a empurrou contra a parede próxima.
Meridiana, agora mais ciente de si mesma e livre dos sortilégios do rapaz, não se intimidou:

Se você sabe tanto sobre mim e sobre o que sei, por que pergunta? Faz logo o que quer fazer. Você sabe que se eu puder vou tentar impedir vocês

O italiano sorriu malignamente para Meri.

Davvero, o Sr. Black-Thorne é certo. Você será uma excelente aquisição para as tropas do Lord das Trevas. Si, ragazza, vou fazer o que tenho que fazer. Vou aproveitar questa opportunitá d’oro que nos deu e leva-la diretamente para seu tio. Ludovic ficará troppo contento.

Antes que o rapaz pudesse dizer ou fazer algo mais, ouviram-se passos ecoando no corredor.

Caspita, alguém vem chegando. Bem, se não posso leva-la con me, também não posso permitir que parle a todos sobre a conversa entre suo zio ed io. Obliviate!

Meri fechou os olhos diante do clarão do feitiço. Quando os abriu novamente, se sentia confusa. Lembrava-se de estar na festa de Kat, até mesmo da confusão causada por Bianca, mas como fora parar naquele corredor com o namorado de Maddie Sinn diante dela?

Algum problema?, perguntou alguém.

Meridiana virou-se para onde vinha a voz e viu que era Lucien que se aproximara.

Ma Che, claro que não. Só estava conversando amigavelmente con la signorina Johnson, respondeu cinicamente o jovem comensal. E tu sei?

Lucien von Weizzelberg

Capisco, o filho do auror Alexis. Bem, scusatemi, ma devo retornar para a festa. Já me ausentei demais e la mia bellissima Maddie deve estar preocupada.

Depois que o Conde di Camposaqnto se afastou, Lucien voltou-se para Meri.

Srta. Meridiana, você está bem? Ele te machucou?

Meri ainda estava confusa devido aos efeitos do Obliviate.

Acho que estou bem, Lucien. Estou um pouco tonta, só isso.

Mas seu braço está vermelho, como se alguém o tivesse apertado muito forte.

Bem, acho que foi só isso que aconteceu. Certamente você chegou antes de ele fazer qualquer outra coisa.

Tudo bem. Vamos, vamos voltar para a festa. Eu te acompanho. Não é seguro andar sozinha pelos corredores desta casa em uma noite como esta, disse Lucien.

Meri assentiu com a cabeça. E, seguindo Lucien de volta ao salão de baile, ela não tinha mais a mínima idéia do perigo que acabara de correr. Nem do perigo que um dos convidados ainda estava correndo

Escrito por Meridiana.Agradecimentos a Raven pelas palavras em italiano

Para ler a versão completa da festa dos Star:AQUI e AQUI

Para lembrar ou conhecer o Conde Jarno clique AQUI.

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