Meri e Lucien - primeiro encontro (ano 5)

Bast! Lady Bast! Cadê você, minha princesa?, chamava Meri.

Hoje, quando chegou na ala da Grifinória depois das aulas, não encontrou a pequena gatinha que encontrara poucos dias atrás.
Meridiana ficou bastante preocupada, afinal, a pequena Lady Bast, nome provisório que a menina dera à pequena felina enquanto não encontrava seu verdadeiro dono ou dona, tinha o hábito de se meter em encrencas.

A primeira coisa que Meri fez foi correr em direção da orla da Floresta Proibida, o lugar preferido da bichana e onde a garota a encontrara pela primeira vez.
Inclinada, Meridiana tentava olhar debaixo de alguns arbustos, para ver se encontrava a pequena Bast. Foi quando ouviu uma voz a suas costas.

Precisa de ajuda?

Meridiana olhou para trás e viu quem a chamara. Era o misterioso garoto da Lufa-lufa que encontrara alguns dias atrás. Aquele que tinha um olho azul e outro verde, e que Meri, numa incomum falta de educação, esquecera de perguntar o nome na ocasião.
Meri se levantou rapidamente.

Er... oi... estou procurando uma gatinha cinza, filhote ainda. Com orelhas grandes, olhos violetas e uma mancha em forma de lua nas costas.

Ah, a gatinha misteriosa! O Luke andou perguntando para todos na Lufa-lufa se alguém perdeu uma gata assim.

É essa mesmo!

Eu não a vi por agora, mas posso te ajudar a procurar, se você quiser...

Meri e o garoto da Lufa-lufa buscaram Bast por todos os cantos. De repente, o rapaz gritou:

Senhorita Meridiana, venha aqui. Achei a gatinha.

Meri correu para o local onde o garoto a chamou. Quando chegou, viu Bast rolando sapecamente em um canteiro de flores.

Bast, sua maluca!, disse Meri, pegando a gatinha no colo e passando carinhosamente os dedos por trás das grandes orelhas da felina. Me deixou toda preocupada e está aqui brincando.

Bem, já que te ajudei, é melhor eu ir., disse o rapaz.

Não, espera aí. Primeiro, em deixa agradecer. Se não fosse você eu não teria encontrado a Bast. Segundo, qual é o seu nome? Fui muito grosseira da outra vez que nos encontramos e não perguntei.

Lucien. Me chamo Lucien.

Muito prazer, Lucien, e obrigada., disse Meri, sorrindo. E, bem, eu também estou voltando para o castelo, se não se importar, vou com você.

A princípio, um silêncio constrangedor recaiu sobre os dois enquanto caminhavam, afinal, mal se conheciam e não sabiam sobre o que falar. Foi então que Lucien iniciou timidamente uma conversa.

Muito bonito o nome da gatinha. De onde você tirou?

Bast é o nome da deusa egípcia dos gatos. Eles eram animais sagrados no Antigo Egito. Achei que era um nome perfeito para uma gata tão incomum. Acho até que ela é metade amasso.

Encontrou o dono ou a dona dela?

Não. Pedi a todo mundo que eu conheço em todas as casas para ver se alguém perdeu uma gatinha assim. Ninguém! Até perguntei à Madame Rosmerta e ao Willie Caolho, o dono do sebo, e também ninguém em Hogsmeade perdeu uma gatinha assim ou tem algum bichano parecido que poderia ser o pai ou a mãe dela. Quer dizer, você sabe que os animais de estimação dos alunos são magicamente inibidos de se procriar, a não ser que o diretor autorize. Mas na vila, quem sabe? Ainda assim, nada mesmo!

Muito estranho tudo isso, senhorita Meridiana.


Pois é, eu até ficaria com ela. Bast é tão linda e dengosa, mas já tenho minha coruja, a Athena...

Situação complicada. A sua gatinha me lembra muito a minha velha Dinah. Era uma mistura de amasso e gata também. Eu herdei ela de minha mãe. Mas a pobre Dinah morreu no ano passado.

Que pena, Lucien. Meri olhou ternamente para o garoto, que parecia realmente emocionado ao falar de seu falecido bichinho. O que acabou dando uma idéia para a menina. Você quer ficar com a Bast?

O garoto parecia bastante surpreso com a proposta.

Sério? Mas você gosta tanto dela. Olha, não é justo. Eu aceito ficar com a Bast, mas só se ela for de nós dois. Quer dizer, ela é a sua gatinha, mas para não dar encrenca por causa da regra de um bicho por aluno, eu falo que ela é minha e cuido dela de vez em quando para você.

Nossa Lucien, eu não sei o que dizer. Nós nem nos conhecemos direito. Você faria mesmo isso por mim?

Ora, senhorita Meridiana. Por que não? Você parece ser uma pessoa muito gentil. Pelo menos o Lucas sempre te elogia. Não me custa nada.

Obrigada novamente

Eu preciso mesmo ir para a ala da Lufa-lufa. Com sua licença., disse Lucien, se inclinando em uma pequena reverência e partindo logo em seguida.

Meridiana, feliz, abraçava sua gatinha, agora também de Lucien. Estava verdadeiramente tocada com a gentileza daquele misterioso rapaz

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